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A barba e o capô

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Alguns marmanjos por aí cultuam e cultivam a barba, outros já sem apreço pelo adereço a mantém aparada rente. Tanto faz se você tem ou não deixa crescer, o assunto aqui não é a barba em si, mas tem relação. Cuidamos do nosso visual assiduamente (mesmo que isso signifique semestralmente), nos importamos com a aparência, então ligado com a moda, ou simplesmente por satisfação (ou até mesmo necessidade) pessoal de vez em quando damos um trato na fachada.

A mesma coisa é com nossos carros, ou pelo menos deveria ser. Caro leitor, faz quanto tempo que não vai lá dar uma caprichada no bólido e passar uma cera na lata judiada do sol diário???

Aposto que não se dá a mesma atenção e o mesmo cuidado para a fachada de seu carro não é mesmo? No máximo se manda lavar em alguma dessas lavações de carro que usam a mesma água dentro daquele tonel cheio de barro e de areia que criam os famosos riscos chamados teias de aranha na lataria. Cera mesmo nunca né. A pintura puída, tostada e a ausência do verniz outrora brilhante acabam por entregar o desleixo do proprietário.

Reza a lenda que o que não se parece com o dono provavelmente é roubado, entre outras palavras, carro feio, dono feio também, podem reparar. Infelizmente o capricho com os carros se foi, desde a indústria que entope de plástico o monobloco até o proprietário que deixa o carro no sol sofrendo toda sorte de intempéries, maus cuidados. Ninguém mais levanta no domingo para lavar o carro e encerar na sombra enquanto se assa o churrasco do meio dia. Esse tempo e essa prática ficaram em minha memória de criança.

Houve um tempo em que a vida não era tão corrida, as coisas tinham outros valores e o significado delas era diferente, o prazer em se fazer, em fazer bem feito, em cuidar e manter era constante. Lembro ainda do meu pai lavando e encerando manualmente seu Fiat 147, aquele mesmo que ficou com ele de 1982 a 1994, aquele que me ensinou a dirigir e quando ele vendeu o seu fiat com dó ainda para comprar um carro do ano, o novo dono se surpreendeu de ver como a lataria reluzia e as borrachas não haviam ressecado após mais de uma década de uso. Tenta a sorte meu amigo leitor com os carros de hoje em dia, daqui uma década a gente volta a conversar.

 

Um FORD abraço.

 

Sabugo

O sonho acaba, mas ainda tem pão doce!

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Bom, aqui estamos novamente entre linhas, conversas e pontos de vista, mesmo que míopes.

Dia desses me peguei pensando, de longe, apenas cogitando uma hipótese remota e no meio disso tudo veio a pergunta: Quando será que o sonho acaba??

A pergunta veio ao analisar os acontecimentos com carro antigo. Hoje é tudo absurdamente caro (ou talvez eu mesmo que ganhe pouco), muito difícil, de frágil construção e o pior de tudo: tudo é feito com desdém.

Nós apaixonados por autos antigos sofremos absurdamente nessa dura realidade de ´´profissionais´´ que fazem o serviço sem a menor consideração pelos nossos sonhos de quatro rodas (vale também para os sonhos de duas rodas). São descasos absurdos, semanas e semanas sem receberem atenção nas oficinas por aí, ficam lá, parados, abertos juntando pó a torto e a direito, sem nenhuma cobertura para proteger a lataria ganha a mais variada gama de riscos, picados e batidas na pintura que com muito esmero foi feito a alto custo na ocasião da restauração tão sonhada e sofrida pelo proprietário. Além disso, ao ficar lá à exposição, a clientela da oficina se sente no direito e com prazer vai lá abrir a porta (e bater para fechar), dar soco no capô com a maldita frase: Isso sim que é lata! Mas não para por aí não, eles vão além disso, soltam o capô com força, se esfregam no carro, passam a mão com pó e tudo, ficam com a piadinha de que tem que ter um posto de gasolina junto, que tem que voltar no tempo pra achar peça e aí no limiar da insanidade, testando o limite do ´´propriOTÁRIO´´ do veículo blasfemam a hedionda frase: Tinha que ser V8 pra ser carro de verdade. O que mais me revolta nessa frase é que sempre é proferida por um cara que tem na garagem um carrinho de plástico com motor 1.0 (geralmente financiado em 1500 vezes), que reclama do preço da gasolina e dá banguela sempre que pode para economizar combustível.

Depois de passar por tudo isso, se o valor cobrado não for exorbitante (sim, pois é comum o pensamento de que quem tem carro antigo é abastado financeiramente), se a lataria não for por deveras danificada, se o serviço feito ficou razoável (ahh meu amigo, razoável é o máximo que se consegue por aí nos dias de hoje, serviço 100% é mais difícil que fazer as seis dezenas da mega), talvez depois de tudo isso, você volte a rodar por aí com o seu carro, sentindo o cheiro de nostalgia no escapamento dele, ouvindo o ronco do motor reverberando os anos idos do tempo em que se fazia carro de verdade…

 

Um FORD abraço

 

Sabugo

Dias dos pais

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E aí galera quanto tempo! Faz um tantinho de tempo que não nos encontramos nesse espaço entre as linhas dos textos de outrora semanais, mas podem acreditar que a saudade é grande, tanto quanto a sede de um quadrijet de V8. Mas cá estamos novamente, mesmo que de passagem, ainda torcendo por ter uma assiduidade maior, mas por enquanto, vamos dar as caras esporadicamente.

Como temos o dia dos pais chegando, é bem oportuno lhes render, mesmo que singela, mesmo que aquém do que lhes é devido, uma homenagem. Não falamos de opulentos valores, ou de coisas materiais tão embora isso hoje em dia tenha se tornado corriqueiro, mas das formas puras e verdadeiras. Nos referimos ao abraço sincero, uma visita, uma boa prosa, o sorriso, o reconhecimento, talvez até uma simples pausa na correria para uma atenção especial, alguns momentos juntos, quem sabe até você consiga ficar um dia sem o celular na mão cutucando no whatsapp sem olhar nos olhos de seu pai enquanto conversam.

Sem os pais o que seria de nós meu amigo? Primeiro que pai não é apenas quem gera, pai é quem cuida, orienta, educa, ensina, participa, está presente de uma forma ou outra. O pai, a figura paterna, nosso modelo de adulto, nosso espelho, nosso orgulho, nosso herói de criança e de adulto também. O pai, as histórias de sua vida embalando as nossas. Pai, o ser sem folga, sempre pai, vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, doze meses por ano enquanto viver após a gente nascer. Foi pelos nossos pais que aprendemos a ter gosto pelos carros, foram eles que nos ensinaram a dirigir, a assar a carne, a fazer a caipira, a ter horário, compromisso, a acampar, a ter gosto por carros ainda criança quando ganhávamos nossos carrinhos de brinquedo, nossa bicicleta, ou ainda quando serravam as tábuas para que tomassem formas nossos carrinhos de rolimã, prenúncio de esfolados e arranhões que trariam o temível e ardido merthiolate (sim, sou do tempo que o merthiolate ardia, acreditem). São os pais que livram a gente da bronca da mãe, emprestam o carro, é na garagem do pai, com as ferramentas do pai que os nossos sonhos tomam forma, que nossas vidas se moldam, lá ganhamos nossas asas, bem em alguns casos, no armazém do pai, ou no galpão. O tempo é um senhor que detém certa razão, mas é implacável, raramente complacente então, nessa data, se você ainda tem seu pai por perto, aproveite a data para mais que comemorar e passar ao lado dele, ter mais tempo daqui pra frente para seu pai, para interagir com ele, aprender, conviver pois é muito válido esse tempo ao lado dele.

Feliz dia dos pais a todos os pais a todos os pais, aos diferentes tipos de pai, mas aos pais! Vocês merecem, muito, podem ter certeza!

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Quero aproveitar para deixar aqui, além do amor, da gratidão, da honra, a admiração, o orgulho e a satisfação de ser filho do seu Osni, ou como muita gente o conhece: Pingo, uma pequena homenagem pela passagem do dia dos pais, uma singela homenagem. Meu pai, meu ídolo, esse ser humano fantástico que me ensinou tanta coisa, me fez ser quem eu sou, meu baluarte, meu porto seguro. Mesmo do alto dos meus trinta e três anos, ele ainda se preocupa, me ajuda, me apoia e mais ainda, está sempre junto participando, metendo a mão na massa, é seu Osni, já temos muita coisa juntos pra contar. Não perde ensaio da Nóntiêne (quer queira, quer não), aprendeu a gostar de rock e acabou adotando os outros integrantes da banda, todo sábado com a gente. A sapiência do meu pai me ensinou que um homem sem ferramenta não é ninguém, me ensinou que a honestidade não tem preço, que é preciso ter caráter, compromisso, me ensinou a dirigir num fiat 147, me mostrou o mundo, me orientou em tanta coisa, em tantos assuntos, me socorreu em afogamentos, me levou para acampar, a arte de afiar uma faca, meu pai me ensinou tanta coisa quanto a Barsa (enciclopédia) poderia conter. Se eu fosse dizer tudo esse texto seria uma coleção de livros.

O último feito foi na semana passada, noite de sexta-feira, a banda precisando ir para Canoinhas – SC para se apresentar num festival e a gente correndo contra o relógio, conseguimos uma carretinha reboque para levar os equipamentos até lá, mas ela era pequena e não caberia tudo, então era necessário que fizéssemos uma pequena gambiarra para levar tudo na carretinha. Começamos as 21:30 h eu e o seu Osni, lá estávamos nós, pai e filho serrando madeira, medindo, pregando, puxando peças da bateria, amplificadores. Sem o pai não teria ficado pronto a tempo para a gente sair no sábado. A ideia, as opiniões, a iniciativa, mais que uma companhia agradável, um pai participante. Terminamos cansados, com sono, mas a 00:45 h tudo estava pronto e bem feito, graças a mãozinha do seu Osni.

Pai, feliz dia dos pais, ter o senhor como meu pai é uma bênção!!

Um FORD abraço.

Rodrigo Mendes (Sabugo)